terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Meu maior inimigo está na espreita,
espera para dar o bote, sua rasteira final,
corro por entre as horas, corro por toda medida de tempo,
corro e apenas corro ! Oh ! Socorro... Socorro ! Só corro...
Pernas bambas, direções limitadas, sempre em círculo,
a girar, a rodar a bailar...
Corram ó freneticas pernas, corram ó serelepes pés...
Corra, antes que tu morra,
também como um João Ninguém da Silva...
Nas mãos, no pulso,
Do Sr. Tempo,
em seu templo,
corra sempre do seus ponteiros...
apenas corra meu jovem...
o resto não vos pertence.

Vitor Isidoro, "avulsos"

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