quarta-feira, 5 de agosto de 2009


O sujeito cruzou a porta, despiu-se de suas amarguras, de seus medos e repousou o chapéu sobre a mesa.
Sentou-se.
Ao avistar um rapaz que aparentemente não tinha com quem conversar, fitou-o.
-Bom dia...Bom dia... Como vai?
O rapaz de súbito notou que era consigo, com um tom de espanto no olhar o encarou e respondeu:
-Não estou bem.
O sujeito, nu diante do desconhecido que transpirava como um louco pelo excesso de vestes esticou o braço até a cadeira e indagou:
-Posso?
-Sim, claro.
-Obrigado - disse o sujeito e se virou, pegou seu chapéu apenas e se retirou.


Nenhum comentário: