domingo, 19 de julho de 2009

Então depois de correr por entre caminhos que não levavam a lugar algum...
Alice entrou em um ambiente propício ao descanso, logo notou como era confortável
e amigável aquela casa... Entrou, despiu-se de seus medos e se entregou ao sono, seu corpo ganhou leveza e Alice flutou pelos cômodos embalada pelo tic-taquear do relógio...
De súbito, puxaram seu lençol e aquela que antes mais parecia uma pena, sentiu-se como um bloco de concreto que sem a menor delicadeza destrói todo assoalho ao transpor-se pelo chão...
Alí, onde antes sentia-se confortável e abrigada tornou-se um local de angústias que passou a consumí-la cada segundo de forma mais intensa... Alice ganhava proporções maiores, seus braços, pernas, cresciam de forma espantosa, foi quando ouviu novamente o relógio e lembrou-se de um sábio que coelho que lhe disse... "tenha calma, tenha calma, não corra... não se abrigue, não se restrinja, não feche os olhos... apenas viva... sem pressa... sem ilusões, a alma segue leve quando à nada estamos presos, não seja um concreto, volte a ser uma pena.. seja uma pena pequena menina de sonhos esparramados no assoalho de um desconhecido abrigo."

Um comentário:

Unknown disse...

Que gostosa a leitura e que terno o apelo do "paciente" -?- coelho.
Um abraço querido.